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Novo estudo destaca capim mais adequado para pastejo vedado

A escolha da forrageira influencia diretamente o consumo e a produtividade do rebanho, especialmente em sistemas de pastejo vedado. Um estudo conduzido no Setor de Forragicultura e no Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) avaliou quatro cultivares de capim para identificar aquelas com melhor aproveitamento pelo gado.

O pasto vedado, prática comum em regiões como o Sudeste e Centro-Oeste, consiste em reservar áreas de pastagem para alimentar os animais durante a seca. No entanto, à medida que a forrageira amadurece, há aumento da quantidade de material morto e colmos, que possuem menor valor nutritivo e digestibilidade.

De acordo com a professora Simone Pedro da Silva, da área de Nutrição Animal e Nutrição de Ruminantes da UFU, a resistência física da forrageira pode impactar o consumo animal. “O produtor pode observar que o gado come e enche o rúmen rapidamente, mas isso não significa um bom aproveitamento. Se a fibra tem baixa digestibilidade, a degradação é lenta e o animal perde o apetite, reduzindo o consumo e o desempenho”, explica.

Resistência à moagem e qualidade da fibra são fatores decisivos

O estudo investigou a resistência à moagem dos capins utilizando um moinho de facas, técnica que permite avaliar a fragilidade da forrageira. O objetivo foi identificar cultivares que combinem boa produção de massa com menor resistência física, garantindo maior aproveitamento nutricional pelo rebanho.

Entre as cultivares analisadas, a brachiaria híbrida Mavuno apresentou a menor resistência à moagem. Esse fator está associado à sua composição morfológica, que inclui maior proporção de folhas vivas e menor quantidade de folhas mortas, tornando-a mais palatável e digestível.

Além disso, Mavuno registrou baixos índices de FDNi (Fibra em Detergente Neutro Indigestível), o que significa que a fibra presente no capim é mais degradável pelo rúmen. Esse aspecto favorece o consumo contínuo, evitando a sensação de enchimento prolongado que pode reduzir a ingestão de alimentos.

Implicações para o manejo e suplementação

Os resultados do estudo podem auxiliar pecuaristas na seleção de cultivares para pasto vedado e na definição de estratégias de suplementação alimentar. O menor teor de fibra indigestível em determinadas forrageiras pode reduzir a necessidade de suplementação proteica durante o período seco, impactando a eficiência produtiva e os custos do sistema.

O estudo também destaca a importância de investir em cultivares com características que favoreçam a digestibilidade e o consumo, evitando a perda de eficiência no aproveitamento dos nutrientes. “O conhecimento sobre a resistência física dos capins em diferimento ainda é limitado, e essa pesquisa contribui para um melhor entendimento sobre quais forrageiras são mais adequadas para o manejo eficiente do pasto”, afirma a professora Simone.

A atuação da Wolf Sementes no desenvolvimento de forrageiras tropicais

A brachiaria híbrida Mavuno foi desenvolvida pela Wolf Sementes, empresa com sede em Ribeirão Preto e referência na produção de sementes para pastagens. Com 49 anos de atuação, a empresa investe em pesquisa e desenvolvimento de forrageiras voltadas à pecuária tropical, fornecendo soluções para pecuaristas de diversas regiões do Brasil e exportando para mais de 65 países.

A Wolf Sementes também apoia projetos acadêmicos para avaliar o desempenho de suas cultivares em diferentes condições de manejo. “Temos acompanhado diversas pesquisas com Mavuno em instituições de ensino, e os resultados mostram que a forrageira contribui significativamente para a produtividade e sustentabilidade da pecuária brasileira”, destaca o CEO da empresa, Alex Wolf.

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