Responsável por cerca de 80% da produção de leite no Brasil, a raça Girolando atingiu, em 2024, quase 110 mil registros genealógicos, um recorde histórico para o setor.
De acordo com o superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Leandro Paiva, o aumento na valorização comercial dos animais, que são capazes de produzir leite em qualquer sistema de produção, explica a marca alcançada.
“A Associação investiu consideravelmente em melhoramento genético nos últimos anos, e esse avanço tem como alicerce nosso banco de dados. Para que esses animais façam parte desse processo, é necessário que sejam registrados. Portanto, é uma cadeia, um ciclo evolutivo dentro da associação que começa no registro genealógico e vai até a ponta final, que é o aumento da lucratividade dos rebanhos.”
Segundo Paiva, a própria raça “se vende sozinha”. Por isso, a cada ano, cresce o número de pecuaristas produtores de leite que buscam a entidade para adquirir animais de qualidade.
“Entre os principais benefícios de ser membro da associação, destacamos o nosso programa de melhoramento genético, que é robusto e hoje está acessível a qualquer associado, seja ele pequeno, médio ou grande criador de Girolando”, afirma.
Para o superintendente, uma das características que diferencia os animais da raça Girolando é o seu poder de adaptação. Eles são adequados tanto para pecuaristas com diferentes níveis tecnológicos quanto para atender às exigências e demandas de países com climas temperado ou tropical.
“Países da América Central e da América do Sul têm procurado cada vez mais a genética brasileira, seja por meio de sêmen de touros Girolando, embriões de fêmeas da raça ou até mesmo animais vivos.”
