As recentes mudanças no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram debatidas na reunião ordinária da Frente Parlamentar da Agropecuária, desta terça-feira (14).
A senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), acredita que a montagem da estrutura ministerial deve atender aos anseios de cada governo. Apesar disso, destacou que, no que tange o setor agropecuário, as questões técnicas deveriam ser melhor avaliadas para que o agro não saia prejudicado. Tereza Cristina indicou também que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não deveriam ficar longe do Mapa. Para ela, ambos necessitam da capacidade técnica que um ministério mais estruturado possui.
Sobre o Mapa, o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) esclareceu que qualquer governo tem o direito de estruturar os ministérios como melhor entender, entretanto, o ‘enfraquecimento’ da Agricultura será combatido pela Frente.
BNDES
Outro tema que foi destaque na reunião desta terça-feira e que se fez presente ao longo dos últimos dias, foi a suspensão de linhas de crédito para o setor agropecuário.
No último dia 7 de fevereiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), suspendeu duas linhas de crédito, que se somaram a outras nove, que já haviam sido suspensas pela instituição.
O presidente da FPA, Pedro Lupion, disse que a bancada foi surpreendida com os cortes e reafirmou o apoio aos membros da bancada que reagiram às suspensões realizadas pelo banco de fomento.
O senador Zequinha Marinho (PL-PA), vice-presidente da FPA no Senado Federal, enviou ofício ao BNDES e questionou se há perspectiva de retomada das linhas suspensas para a safra 22/23. E
m resposta o banco afirmou que “o BNDES está apto a operar novos recursos no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal que se encontram suspensos, desde que novos limites equalizáveis sejam autorizados a este banco de desenvolvimento pelos ministérios responsáveis”.